«perguntas cafeanas»


João Branco

Uma jovem mulher que mora com um “tio”, toma conta da casa, dá-lhe carinho, amizade, sexo, em troca das propinas da Universidade e de umas roupas na boutique mais in da cidade, entra num sistema de trocas que não difere muito do tipo de relacionamento que existe em tantos casais que vemos por aí, ou é preciso chamar os bois [leia-se “vacas”! --- (este parêntese é da inteira responsabilidade da autora deste blog)] pelos seus nomes?


Eileen

[…] Eu ainda acho que o “tio” que paga as propinas é que sai com lucro do tal relacionamento. Vejamos: já está com mais de cinquenta, tem um bom salário, logo, dinheiro não é problema. Mas! Está só, não sabe tomar conta de si, porque foi casado e era a mulher que lhe fazia a comida, cuidava dos filhos, vigiava a sua própria saúde, dizendo-lhe “não comas isso, não bebas aquilo, vai fazer análises, toma este comprimido”. Separaram-se e o “tio” ficou perdido na vida. Precisa de alguém que lhe passe a roupa e lhe compre os boxers, que lhe diga que o cabelo já levava um corte e que se calhar esse caroço na próstata devia ser visto por um médico; ele ainda dá um bom show entre os amigos e enfeita o jeepão; essa moça faz as compras, cozinha, lava, blá blá blá e isso tudo só custa dinheiro. E dinheiro, ele tem. // Mas vamos ver o lado da nossa estudante. É nova e bonita, podia ter o rapaz novo e fogoso que quisesse. Mas não. Lá está ela com o “tio” gorducho, cabeludo, com um hálito meio podre, a tomar conta dele, provavelmente com pouco respeito por si própria, mas pensado: eu ainda vou ser alguém na vida e dar um futuro diferente aos meus filhos... […]

 
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