Amadora: uma cidade para tod@s!


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Acabo de receber a informação de que o luso-caboverdiano Francisco Pereira vai candidatar-se à presidência da Câmara Municipal da Amadora, nas próximas eleições autárquicas portuguesas. Esta candidatura independente «pretende dar resposta ao inconformismo da população, e em especial da população jovem, face à difícil situação social em que Amadora se encontra.»
Francisco Pereira afirma que: «É uma aposta, um desafio que enfrentaremos em conjunto, com coragem, com a firme convicção que havemos de vencer, pois temos uma enorme vontade de fazer e de transformar a Amadora, que é hoje uma cidade insegura, triste e cinzenta.» Veja mais: aqui!
Trata-se de uma candidatura pela inclusão, numa cidade onde uma larga franja da população experimenta os mais diversos tipos de exclusão! Desde já, Igualdade na Diferença promete estar atenta a esta onda a favor da justiça social, da dignidade, da cidadania e da democracia, e deseja ao Francisco Pereira e à sua equipa uma boa preparação da candidatura!
Francisco Pereira é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, pós-graduado em Estudos Africanos e do Desenvolvimento e mestre em Relações Interculturais. Neste momento, é investigador no Centro de Estudos de Migrações e Relações Interculturais, da Universidade Aberta, estando também a preparar o seu projecto de doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais.
Francisco Pereira afirma que: «É uma aposta, um desafio que enfrentaremos em conjunto, com coragem, com a firme convicção que havemos de vencer, pois temos uma enorme vontade de fazer e de transformar a Amadora, que é hoje uma cidade insegura, triste e cinzenta.» Veja mais: aqui!
Trata-se de uma candidatura pela inclusão, numa cidade onde uma larga franja da população experimenta os mais diversos tipos de exclusão! Desde já, Igualdade na Diferença promete estar atenta a esta onda a favor da justiça social, da dignidade, da cidadania e da democracia, e deseja ao Francisco Pereira e à sua equipa uma boa preparação da candidatura!
Francisco Pereira é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, pós-graduado em Estudos Africanos e do Desenvolvimento e mestre em Relações Interculturais. Neste momento, é investigador no Centro de Estudos de Migrações e Relações Interculturais, da Universidade Aberta, estando também a preparar o seu projecto de doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais.
Vinte Sete



“Retratos Cativos”


4.
Vai a mulher de boi pelo abismo
da manhã. Que langor e delícia terna
na austera vigil fronte, embora
hajam ali depositado deuses
seu alqueire de injúrias.
Pedrestes e negros, vão ele e ela,
mai-la sombra que é de ambos.
Diz-me, tu, António, se é o boi
da paciência ou bulimundo
caminho do enlace.
Diz-me que torpor ou sombra dele
se adivinha nas íris da mulher,
ou na fonte do bovino esponsal.
Diz-me, tu, cujos olhos conhecem
o prodígio que se não repete,
inda tê-lo contemplado um dia
transformou-te, como a mulher de lot,
em emudecida estátua nos baldios
onde o primeiro raspão do frio
nos punha o coração em padecimento.
Orai por eles, para que lhes seja leve
o céu ensombrecendo-se a cada
rotação, mas cimeiro retumbem sinos
de passarem à rubra esquina do tardecer.
José Luís Tavares
da manhã. Que langor e delícia terna
na austera vigil fronte, embora
hajam ali depositado deuses
seu alqueire de injúrias.
Pedrestes e negros, vão ele e ela,
mai-la sombra que é de ambos.
Diz-me, tu, António, se é o boi
da paciência ou bulimundo
caminho do enlace.
Diz-me que torpor ou sombra dele
se adivinha nas íris da mulher,
ou na fonte do bovino esponsal.
Diz-me, tu, cujos olhos conhecem
o prodígio que se não repete,
inda tê-lo contemplado um dia
transformou-te, como a mulher de lot,
em emudecida estátua nos baldios
onde o primeiro raspão do frio
nos punha o coração em padecimento.
Orai por eles, para que lhes seja leve
o céu ensombrecendo-se a cada
rotação, mas cimeiro retumbem sinos
de passarem à rubra esquina do tardecer.
José Luís Tavares
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Parabéns, José Luís Tavares e Gláucia Nogueira pelo prémio Literatura para Todos (Brasil/2008)!
Cantos do meu país


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Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas américas
Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar
Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças
Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País
Julião Soares Sousa (natural de Bula, Guiné-Bissau)
Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas américas
Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar
Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças
Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País
Julião Soares Sousa (natural de Bula, Guiné-Bissau)
Sra. Ministra!!!



Infelizmente, desiludida estamos com esta posição da Sra. Ministra Vera Duarte! Em vez disso, uma boa contribuição da Sra. Ministra seria no sentido de facilitar o levantamento de dados sobre a “suspensão temporária de alunas grávidas dos estabelecimentos de ensino secundário” e incentivar o ICIEG (Instituto Cabo‑verdiano para a Igualdade e Equidade de Género) a realizar um estudo sobre a questão, com a finalidade de encontrar uma medida inclusiva e não discriminatória como a que esta em vigor.
Voltei da ilha



Calheta na penumbra
Triste fiquei ao ver Calheta na penumbra! Voltámos à era do podogó! E parece que ninguém se importa com o facto de os frigoríficos da aldeia estarem vazios e do nosso almoço voltar a depender do peixe trazido diariamente pelos pescadores... Nos últimos vinte dias, o único saldo positivo parece ter sido a aquisição de rádios de pilha por causa da eleição de Barack Obama. Para além da falta de energia eléctrica, também a vila padece de água potável. Até quando? Ninguém sabe, nem a municipal câmara, que tem suportado os custos do abastecimento de água para a satisfação das necessidades mínimas da população!