Santo Antão

Com a minha mochila às costas, apanhei um barco para a ilha das montanhas. Nessa viagem, que demorou quase nada, coloquei-me na pele das “Lobas do Mar”. Sentia os meus pés a caminharem em cima das águas salgadas, em perfeita sintonia com os seres do mar. Quando cheguei à cidade do Porto Novo, o sol do meio‑dia ainda não se fazia sentir.

Segui viagem para a vila da Ribeira Grande. Aproveitei para conhecer a Ribeira da Torre, vale da minha colega Elia Monteiro. Fui visitar o cutelo do Paulino Dias, caminhando assim pelo vale e pelas encostas até Fajã Domingas Bentas. A teimosia me levou a calcorrear pela montanha, passando pelo Marrador em direcção ao quase topo da montanha. Bom, no fim da viagem, o mano do Paulino Dias disse‑me: “mais duas vezes, habilitas a ganhar qualquer maratona lá na Praia”.

Na manhã seguinte, segui para o vale do Paul. Nho João de Mari’Guida mostrou-me a fornadja, onde a cana‑de‑açúcar é transformada no conhecido Grogue de Santo Antão. Avistei Pedra das Moças, mas já não tinha pernas para desafiar o declive.

Dias depois, regressei para o Porto Novo. Mesmo com um sol de rachar pedras, não resisti a percorrer pelo centro da cidade. Depois de ter completado o meu plano de trabalho e de ter saciado as minhas curiosidades turísticas, seguir para a ilha do Porto Grande. Dessa vez, o mar portou-se mal, muito mal. A ventania e os valentes solavancos estiveram presentes durante toda a viagem.

 
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