Diga: BASTA!!!

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Violência contra as mulheres é intolerável!
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Pincelada: Edith Borges

Amadora: uma cidade para tod@s!

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Acabo de receber a informação de que o luso-caboverdiano Francisco Pereira vai candidatar-se à presidência da Câmara Municipal da Amadora, nas próximas eleições autárquicas portuguesas. Esta candidatura independente «pretende dar resposta ao inconformismo da população, e em especial da população jovem, face à difícil situação social em que Amadora se encontra.»

Francisco Pereira afirma que: «É uma aposta, um desafio que enfrentaremos em conjunto, com coragem, com a firme convicção que havemos de vencer, pois temos uma enorme vontade de fazer e de transformar a Amadora, que é hoje uma cidade insegura, triste e cinzenta.» Veja mais: aqui!

Trata-se de uma candidatura pela inclusão, numa cidade onde uma larga franja da população experimenta os mais diversos tipos de exclusão! Desde já, Igualdade na Diferença promete estar atenta a esta onda a favor da justiça social, da dignidade, da cidadania e da democracia, e deseja ao Francisco Pereira e à sua equipa uma boa preparação da candidatura!

Francisco Pereira é licenciado em Ciência Política e Relações Internacionais, pós-graduado em Estudos Africanos e do Desenvolvimento e mestre em Relações Interculturais. Neste momento, é investigador no Centro de Estudos de Migrações e Relações Interculturais, da Universidade Aberta, estando também a preparar o seu projecto de doutoramento em Ciência Política e Relações Internacionais.

Recordar…

Vinte Sete

Faço anos. Já sabem que sou escorpião: temperamental, teimosa, possessiva, ciumenta, persistente, determinada, resistente, sensível, calorosa, emotiva, arrojada, misteriosa e sentimental... Promessa seja feita aqui e agora: vou lutar para ser uma pessoa melhor (menos chata!) nas próximas sete décadas!!!... Os anos são para mim, mas o bolo é para quem aparecer cá em casa, uma boa razão para juntar a malta, comemorando a eleição de Barack Obama e recordando Myriam Makeba.

“Retratos Cativos”


4.
Vai a mulher de boi pelo abismo
da manhã. Que langor e delícia terna
na austera vigil fronte, embora
hajam ali depositado deuses
seu alqueire de injúrias.

Pedrestes e negros, vão ele e ela,
mai-la sombra que é de ambos.
Diz-me, tu, António, se é o boi
da paciência ou bulimundo
caminho do enlace.

Diz-me que torpor ou sombra dele
se adivinha nas íris da mulher,
ou na fonte do bovino esponsal.
Diz-me, tu, cujos olhos conhecem
o prodígio que se não repete,

inda tê-lo contemplado um dia
transformou-te, como a mulher de lot,
em emudecida estátua nos baldios
onde o primeiro raspão do frio
nos punha o coração em padecimento.

Orai por eles, para que lhes seja leve
o céu ensombrecendo-se a cada
rotação, mas cimeiro retumbem sinos
de passarem à rubra esquina do tardecer.

José Luís Tavares
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Parabéns, José Luís Tavares e Gláucia Nogueira pelo prémio Literatura para Todos (Brasil/2008)!

Cantos do meu país

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Canto as mãos que foram escravas
nas galés
corpos acorrentados a chicote
nas américas

Canto cantos tristes
do meu País
cansado de esperar
a chuva que tarde a chegar

Canto a Pátria moribunda
que abandonou a luta
calou seus gritos
mas não domou suas esperanças

Canto as horas amargas
de silêncio profundo
cantos que vêm da raiz
de outro mundo
estes grilhões que ainda detêm
a marcha do meu País

Julião Soares Sousa (natural de Bula, Guiné-Bissau)

Sra. Ministra!!!

«Só podemos considerar discriminação as medidas que tratam de uma forma diferente situações iguais. Nessa altura, ainda não estava no ministério da Educação, mas como mulher, cidadã e ligada aos Direitos Humanos foi uma questão que sempre me preocupou (...). Desde o primeiro momento essa medida mostrou-se ser uma suspensão temporária, de forma a que a jovem possa ter o seu bebé da melhor forma, sem perder o direito à frequência. Na realidade a aluna grávida que, permanece no sistema de ensino, a maior parte das vezes perde o ano escolar. Portanto, essa medida foi adoptada para proteger a maternidade e a infância e criar condições para que haja igualdade de situação das alunas na sala de aula. Não defendemos que seja o único caminho para combater a gravidez precoce. É somente uma das medidas.» Ver mais aqui.

Infelizmente, desiludida estamos com esta posição da Sra. Ministra Vera Duarte! Em vez disso, uma boa contribuição da Sra. Ministra seria no sentido de facilitar o levantamento de dados sobre a “suspensão temporária de alunas grávidas dos estabelecimentos de ensino secundário” e incentivar o ICIEG (Instituto Cabo‑verdiano para a Igualdade e Equidade de Género) a realizar um estudo sobre a questão, com a finalidade de encontrar uma medida inclusiva e não discriminatória como a que esta em vigor.

Voltei da ilha

Fui no dia 2, e voltei no dia 7. Foram dias intensos, marcados pelas discussões acerca das “Mestiçagens Socioculturais e Procura de Identidade na África Contemporânea”, e noites serenas. Não havia música na capital para a malta dançar, apenas umas migalhinhas da música tradicional lá no Quintal... Limitei‑me a convívios caseiros (comi milho assado, e trouxe Spiga do Princezito!). Também escutei a sugestão do Vadu: Dixi Rubera! Dei uma escapadela ao interior da ilha...


Calheta na penumbra

Triste fiquei ao ver Calheta na penumbra! Voltámos à era do podogó! E parece que ninguém se importa com o facto de os frigoríficos da aldeia estarem vazios e do nosso almoço voltar a depender do peixe trazido diariamente pelos pescadores... Nos últimos vinte dias, o único saldo positivo parece ter sido a aquisição de rádios de pilha por causa da eleição de Barack Obama. Para além da falta de energia eléctrica, também a vila padece de água potável. Até quando? Ninguém sabe, nem a municipal câmara, que tem suportado os custos do abastecimento de água para a satisfação das necessidades mínimas da população!

à caminho da ilha maior

Vou ao encontro de Santiago, desejando que os próximos dias tardem a passar, e rogando para que as noites sejam longuíssimas!... E que me guardem milho assado! Também vou querer ver a nova roupagem da ilha, e deliciar-me da fragrância de Novembro.

 
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