I EJIC (Lisboa, 2006)

No dia 21 e 22 de Dezembro de 2006, nas instalações da Universidade Nova de Lisboa, foi realizado o I Encontro de Jovens Investigador@s Cabo-verdian@s, subordinado ao tema A Juventude e a Promoção da Cultura de Investigação. Na programação para este fórum de intercâmbio académico, encontravam-se inscrit@s cerca de 31 jovens, com projectos de investigação nas diversas universidades portuguesas, inclusivamente em regime de co-tutela com outras universidades europeias.

O “Encontro de Lisboa” abriu um espaço de diálogo entre as diferentes áreas do saber científico representadas pel@s jovens investigador@s cabo-verdian@s, que, num pequeno auditório, apresentaram as suas comunicações, proporcionando um debate activo no seio da pequena comunidade reunida.

Deste encontro, importa analisar a importância do diálogo entre as ciências para a construção de uma comunidade académica coesa e, efectivamente, comprometida com a dinamização de uma cultura de investigação, em Cabo Verde. Atendendo aos novos desafios epistemológicos, o diálogo entre as ciências surge como uma condição necessária para o avanço da investigação científica, no contexto cabo-verdiano. Por conseguinte, a contribuição d@s jovens investigador@s revela-se como sendo fundamental para responder aos actuais desafios que, estrategicamente, tem sido assumidos como uma aposta indispensável para o desenvolvimento do país.

Neste sentido, torna-se necessário incentivar a actividade académica, sendo imprescindível estimular a publicação aos níveis nacional e internacional. Evidentemente, a afirmação da comunidade académica cabo-verdiana requer uma participação activa nos espaços de actividade científica internacional. Deste modo, o EJIC surge com um potencial acrescido por possibilitar um espaço de diálogo académico que extravasa as fronteiras nacionais, acompanhando assim a intensificação dos processos de globalização, que têm tido reflexos nos próprios modos de produção científica.

PRÉMIO DIREITOS HUMANOS (2007)

Hoje, a Assembleia Nacional de Cabo Verde foi palco de uma belíssima cerimónia em prol dos Direitos Humanos, organizada pela Comissão Nacional para os Direitos Humanos e a Cidadania (CNDHC).

A abertura esteve a cargo das criancinhas do nosso país, que, numa musicalidade afinada, exigiram o respeito para com os direitos humanos d@s pequenotes. Num grito contagiante, aguçaram a sua voz para que, desde a tenra idade, cada ser humano (sendo homem ou mulher) tenha a possibilidade de exercer os seus amplos direitos com dignidade. Logo no discurso de abertura, proferida pela Dra. Vera Duarte (Presidente da CNDHC), foi evidenciada essa necessidade de reforçar a luta pela dignidade humana e pela justiça para tod@s, nomeadamente no nosso espaço insular.

A hora mais vigiada da cerimónia foi a de entrega do “Prémio Nacional dos Direitos Humanos” (edição: 2007), nas três categorias contempladas:

- Reportagem: “Quebra o meu silêncio com um gesto do teu amor”, levada a cabo pela jornalista(activista) Maria de Jesus Lobo, que procurou dar visibilidade às crianças e famílias que vivem o drama da Paralisia Cerebral, numa situação de vulnerabilidade social chocante à luz do dia. Para além dessa reportagem inquietante, a jornalista(activista) Maria de Jesus Lobo tem tentado contribuir para a procura de soluções no sentido de possibilitar melhores condições de vida às crianças portadoras dessa deficiência.

- ONG: associação Acarinhar, dirigida pela activista Teresa Mascarenhas, que tem vindo a trabalhar junto de crianças portadoras da Paralisia Cerebral. Para além de identificar as famílias que enfrentam esse drama, esta ONG tem tentado dialogar com diferentes instituições para proporcionar dias mais tranquilos a essas crianças (tendo em atenção as limitações da deficiência).

- Estudo Científico: dissertação de mestrado, intitulada “Mulheres, Democracia e Desafios Pós-Coloniais: Uma Análise da Participação Política das Mulheres em Cabo Verde”, da jovem investigadora(activista) Eurídice Furtado Monteiro.

Portanto, a manhã desta segunda-feira, foi de reconhecimento do trabalho realizado (sobretudo pelas nossas mulheres) para a protecção e a promoção dos direitos humanos, em Cabo Verde. Em jeito de balanço final, com uma euforia renovada, o Chefe de Estado Pedro Pires exaltou o engajamento nacional pelos Direitos Humanos, evidenciando o discurso institucional de respeito para com os direitos consagrados no ordenamento jurídico nacional e internacional. A cerimónia contou ainda com a presença da Dra. Filomena Martins (Ministra da Educação e Ensino Superior), Dr. José Manuel Andrade (Ministro da Justiça) e representantes de instituições públicas e da sociedade civil cabo-verdiana.

Santiago (antes)

(Coimbra, 6 de Dezembro de 2007)

Durante vinte e um dias, vou estar com Santiago, dando uma ou outra escapadela. Entre os meus compromissos de investigação e as minhas outras escritas, pretendo desfrutar de uns dias de intensa cumplicidade nos braços de Santiago. Preciso regressar com a minha cabeça fresquinha para continuar a pedalada.

Mais do que acomodar/acordar os meus gemidos silenciados, desejo a aura de dias orquestrados no meu corpo olvidado, onde habitam as gotículas em pó-badiu. Neste meu corpo, a pasárgada sonhada em contos húmidos, repousam ainda as marcas de breves dias passados com o amargo sabor do mel...

Tantas são as saudades: do cheiro da cultura d’terra; dos passeios de fim-de-tarde, quando a paz parece reinar na confusa cidade da Praia; dos reencontros com as ondas rabugentas de quebra-canela; das saídas programadas para o interior; das manhãs de orvalho em Assomada; das noites ao relento na praça do Porto de Calheta; dos mergulhos na praia da Batalha; das conversas afiadas e das risadas da juventude boka-portuense; do milho assado da Anália d´Pundéka; di rapuzada da Sugunda d´Katilina; do doce-de-coco da Lálá; d@s nov@s e velh@s amig@s... Infelizmente, não vou poder dar aquele abraço a tod@s, o mar ciumento não me permite deslizar tanto.

ANTONIETA CUNHA (faz a diferença)


“Antonieta Cunha, 38 anos, é agente da Polícia Nacional na Praia e uma das suas maiores batalhas é a luta contra a violência baseada no género. Trata cada caso, cada pessoa com atenção especial. Dá o seu número pessoal às vítimas e afirma-se disponível 24 horas. É firme e transmite segurança a quem chega até si à procura de ajuda, tenta sossegar as vítimas e garante-lhes que tudo vai ficar bem. Mas, às vezes, também chora de noite as dores que mulheres e crianças lhe levam todos os dias” (www.asemana.cv).

TAVARES

Na passada quinta-feira (29/11/2007), o poeta cabo-verdiano José Luís Tavares, nascido lá pelas bandas do Tarrafal de Santiago, esteve em Coimbra para participar num colóquio dedicado aos claridosos.

O poeta surpreendeu-me com a sua infância revisitada, num diálogo íntimo com o Chiquinho (que, hoje, mocinho já não é, mas permanece assim no imaginário da obra que o protagonizou). A melodia cuidadosa imprimida na “Carta ao Chiquinho” contagiou a assistência. Eu até escutava as risadas inocentes do mocinho Chiquinho e do menino Tavares, enquanto galopeavam. Com a sua poesia, o poeta tinha já acordado o Mondego por ocasião do “VI Encontro Internacional de Poetas”. Desta vez, remexeu nas memórias da sua infância, nem tanto perdida.

Dizem que, desde o seu primeiro livro (Paraíso Apagado por um Trovão), este poeta tem feito um esforço extraordinário de invenção linguística. Infelizmente, ainda não li Paraíso... Nem por isso sinto mais receosa para falar da imaginação poética de José Luís Tavares. Pois, tenho entre as minhas mãos o segundo livro de poesia deste nosso poeta (Agreste Matéria Mundo). Trata-se de um livro com qualidade literária inestimável. Está na minha mesa-de-cabeceira. Por ser bastante denso, ainda não cheguei ao fim. Nem quero chegar ao fim! Prefiro roubar, sempre que me apetecer, um poema e mastigar devagarinho durante horas.

“Nenhum destino está escrito nas estrelas. O meu, construí-o por caminhos de cabras e de pedras, ouvindo perto o rugido do mar e os gemidos dos ventos da serra, entre gente de humilde condição, porém, de uma altivez tal apenas comparável aos impassíveis penhascos que outrora me vigiaram a infância”.
José Luis Tavares

HIV/SIDA

1 de Dezembro - Dia Internacional de Luta contra a Sida

1) O HIV/SIDA tem atingido brutalmente o continente africano, sendo de destacar a elevada taxa de incidência na categoria feminina. Como a principal via de transmissão tem sido a sexual, torna-se imprescindível a sua prevenção (nomeadamente através do uso de preservativos). Contra todos os preconceitos, devemos lutar por uma saúde sexual responsável!

2) A detecção precoce da infecção pode ajudar bastante no seu tratamento, bem como combater a propagação do vírus.

3) Nunca é demais insistir com as acções de sensibilização sobretudo para a prevenção do HIV/SIDA.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons