Perguntei a mim:
- Que tenho eu a ver com tudo isso?
Espreitei, por entre o pesadelo e o sonho!
Afinal, há lugar para o sonho e além da indignação...
Na diluição das fronteiras, um pretexto para acreditar
E aí, na entrelinha desse (não) lugar, se eu pudesse
depois do auto-retrato da auto-terapia da auto-desilusão
sem mágoa nem nostalgia, sem representar nem historiar
trazer nas mãos o cadáver da raiz que sufoca o vento íntimo
acordar cantarolando o beijo das espumas
e olhar na linha das águas do mar um paraíso a fluir...