...um mito?
Numa entrevista ao Jornal de Notícias, Sveva Casati Modignani afirma que «a igualdade entre o homem e a mulher é um mito» (bom, eu acredito que é possível, embora a luta seja árdua, necessitando da colaboração não só das mulheres, como dos homens!). Apesar disso, não posso deixar de aplaudir a autora do Feminino Singular quando realça que «actualmente, as mulheres têm dois empregos: fora de casa e dentro dela. Mesmo a vida de uma mulher que se considera insignificante daria por certo um grande romance. Ser educada como mulher, casar-se, constituir família, criar os filhos... É uma tarefa ingrata que só nós podemos fazer. A autoconfiança das mulheres tem que ser elevada. Basta vermos a nossa coragem.»
Ainda agrada-me ouvir que, «no romance Feminino Singular, sobre a maravilha que é a maternidade, conto a história de uma mulher que tem que criar três filhos sem a ajuda de ninguém e, no entanto, sai-se lindamente. Quantos homens poderiam fazer o mesmo que ela faz? As mulheres são seres extraordinários.» Para terminar, a autora não deixa de concluir que, «no campo do trabalho, as mulheres ganham menos do que os homens. Nos postos de liderança, seja nos governos ou multinacionais, as mulheres são quase excluídas (...). As capacidades femininas têm que ser reconhecidas na exacta medida do que já acontece com os homens. O mundo irá funcionar melhor quando os dois sexos forem colocados no mesmo nível.» Belíssima entrevista, e agora fiquei curiosa para ler o referido livro!
Mito sou eu!
«O meu trabalho é feito de afectos», disse Mito Elias ao Expresso das Ilhas, numa entrevista crítica que extravasa a produção artística em Cabo Verde. Gostei da perspectiva crítica! E aproveito para ressaltar três ideias abordadas pelo artista berdiano. Aqui vão elas:
1. «Na nossa Arca de Noé só são permitidos alguns bicharocos.»
2. «Sempre tiveram um porte soslaio com os meus projectos, mas eu tenho uma teoria para isso: como todos os meus projectos têm uma veia descomplexadamente em crioulo, será certamente por aí que se deve procurar as razões.»
3. «Apesar da Internet e das facilidades de comunicação que existem, hoje em dia, as informações são mal processadas, a ponto de termos documentários sobre música que se confundem com teleculinária ou blogocratas que se julgam os faróis da nossa cegueira.»
Blogosfera berdiana
A blogosfera berdiana está a crescer a olhos vistos. Porém, não sei por que razão, tem sido alvo de pequenas duras críticas. O que está a acontecer? O que significa «blogocratas»? Será que temos «blogocratas que se julgam os faróis da nossa cegueira»?
Independentemente das respostas, a blogosfera berdiana está uma maravilha, numa diversidade significativa. Entretanto, toda a humildade é necessária e deve ser a marca dourada de qualquer blog ou blogista, pois os nossos saberes e as nossas experiências são sempre uma pontinha do que existe...
Numa entrevista ao Jornal de Notícias, Sveva Casati Modignani afirma que «a igualdade entre o homem e a mulher é um mito» (bom, eu acredito que é possível, embora a luta seja árdua, necessitando da colaboração não só das mulheres, como dos homens!). Apesar disso, não posso deixar de aplaudir a autora do Feminino Singular quando realça que «actualmente, as mulheres têm dois empregos: fora de casa e dentro dela. Mesmo a vida de uma mulher que se considera insignificante daria por certo um grande romance. Ser educada como mulher, casar-se, constituir família, criar os filhos... É uma tarefa ingrata que só nós podemos fazer. A autoconfiança das mulheres tem que ser elevada. Basta vermos a nossa coragem.»
Ainda agrada-me ouvir que, «no romance Feminino Singular, sobre a maravilha que é a maternidade, conto a história de uma mulher que tem que criar três filhos sem a ajuda de ninguém e, no entanto, sai-se lindamente. Quantos homens poderiam fazer o mesmo que ela faz? As mulheres são seres extraordinários.» Para terminar, a autora não deixa de concluir que, «no campo do trabalho, as mulheres ganham menos do que os homens. Nos postos de liderança, seja nos governos ou multinacionais, as mulheres são quase excluídas (...). As capacidades femininas têm que ser reconhecidas na exacta medida do que já acontece com os homens. O mundo irá funcionar melhor quando os dois sexos forem colocados no mesmo nível.» Belíssima entrevista, e agora fiquei curiosa para ler o referido livro!
Mito sou eu!
«O meu trabalho é feito de afectos», disse Mito Elias ao Expresso das Ilhas, numa entrevista crítica que extravasa a produção artística em Cabo Verde. Gostei da perspectiva crítica! E aproveito para ressaltar três ideias abordadas pelo artista berdiano. Aqui vão elas:
1. «Na nossa Arca de Noé só são permitidos alguns bicharocos.»
2. «Sempre tiveram um porte soslaio com os meus projectos, mas eu tenho uma teoria para isso: como todos os meus projectos têm uma veia descomplexadamente em crioulo, será certamente por aí que se deve procurar as razões.»
3. «Apesar da Internet e das facilidades de comunicação que existem, hoje em dia, as informações são mal processadas, a ponto de termos documentários sobre música que se confundem com teleculinária ou blogocratas que se julgam os faróis da nossa cegueira.»
Blogosfera berdiana
A blogosfera berdiana está a crescer a olhos vistos. Porém, não sei por que razão, tem sido alvo de pequenas duras críticas. O que está a acontecer? O que significa «blogocratas»? Será que temos «blogocratas que se julgam os faróis da nossa cegueira»?
Independentemente das respostas, a blogosfera berdiana está uma maravilha, numa diversidade significativa. Entretanto, toda a humildade é necessária e deve ser a marca dourada de qualquer blog ou blogista, pois os nossos saberes e as nossas experiências são sempre uma pontinha do que existe...