Pessoalmente, respeito as diferenças culturais neste nosso mundo. Porém, custa-me acreditar que, em pleno século XXI, tantas mulheres e raparigas são violentadas por causa de tradições culturais. Quando penso no caso da Mutilação Genital Feminina (MGF), fico furiosa. E, claro, penso (!): e se fosse comigo, com as minhas manas ou com as minhas primas? Por isso mesmo, sinto a dor da MGF, que não passa de um atentado aos direitos humanos das mulheres, embora tem sido relegado um conjunto de factores “positivos” relativos a essa prática, que atinge sobretudo os países islâmicos. Infelizmente, ainda inúmeros países praticam a MGF, condicionando a sexualidade das “suas” mulheres (vendo-as como objectos, que têm de ser controladas).
Acredito que, seja homem ou mulher, nascemos livres e iguais, temos os mesmos direitos relativos à nossa vida, ao nosso corpo e à nossa sexualidade (esta não deve ser instrumentalizada por nenhum tido de decreto). Sendo assim, hoje, Dia Internacional de Tolerância Zero à MGF, grito bem altooooooo: BASTA!!!