Dez grãozinhos de areia dispersos no mar
Unidos pela mesma raiz
Firme da terra ao mar
Regada com o suor e o sangue da antiga cicatriz
O milho semeado brotou esperança
Ergueu-se a flor da nação
Caminhando com perseverança
E traçando rumos além da imaginação
As montanhas ecoam:
--------As minhas ilhas têm mulheres!
Os pardais assobiam:
--------As minhas ilhas têm mulheres!
Escutando o galo cantar
A madrugada anuncia o acordar das mulheres
Percorrendo vales e a lenha catar
Descendo às ribeiras para buscar água, sem dissabores
Embalando no cântico da Cesária
As ondas acompanham o hino das mulheres
Tecendo na trapacearia
O cais sem desembargadores
Recordando Chiquinho
O mar anima as mulheres
Tirando o atum do barquinho
E despachando para outros labores
Vivendo num profundo silêncio
A paisagem natural convida as mulheres
Idealizando um espaço de ócio
E temendo a chegada de eventuais povoadores
Vendo a neve e as montanhas salgadas
O sol enche de doçura as mulheres
Labutando cansadas
Mas espalhando morabeza nas ilhas e arredores
Acalentando com as cordas do violino
O cheirinho da terra acomoda as mulheres
Amassando o barro
E preparando licores
Animando com o nascer do sol
As brisas do mar envolvem as mulheres
Tratando do amarelo do girassol
E cortando peixes para aproveitar as ondas solares
Sacudindo com a força do batuque
As rochas encorajam as mulheres
Caminhando de enxada ao ombro pelo alambique
E voltando para vender peixes trazidos pelos pescadores
Temperando com o calor do vulkon
As lavas aquecem as mulheres
Enchendo o cesto de uva para a produção do Manekon
E do café inventando novos sabores
Contentando com o orvalho da manha
As flores alegram a vida das mulheres
Enchendo toalhas de arco-íris de linha
E recitando as mornas de Eugénio Tavares
Unidos pela mesma raiz
Firme da terra ao mar
Regada com o suor e o sangue da antiga cicatriz
O milho semeado brotou esperança
Ergueu-se a flor da nação
Caminhando com perseverança
E traçando rumos além da imaginação
As montanhas ecoam:
--------As minhas ilhas têm mulheres!
Os pardais assobiam:
--------As minhas ilhas têm mulheres!
Escutando o galo cantar
A madrugada anuncia o acordar das mulheres
Percorrendo vales e a lenha catar
Descendo às ribeiras para buscar água, sem dissabores
Embalando no cântico da Cesária
As ondas acompanham o hino das mulheres
Tecendo na trapacearia
O cais sem desembargadores
Recordando Chiquinho
O mar anima as mulheres
Tirando o atum do barquinho
E despachando para outros labores
Vivendo num profundo silêncio
A paisagem natural convida as mulheres
Idealizando um espaço de ócio
E temendo a chegada de eventuais povoadores
Vendo a neve e as montanhas salgadas
O sol enche de doçura as mulheres
Labutando cansadas
Mas espalhando morabeza nas ilhas e arredores
Acalentando com as cordas do violino
O cheirinho da terra acomoda as mulheres
Amassando o barro
E preparando licores
Animando com o nascer do sol
As brisas do mar envolvem as mulheres
Tratando do amarelo do girassol
E cortando peixes para aproveitar as ondas solares
Sacudindo com a força do batuque
As rochas encorajam as mulheres
Caminhando de enxada ao ombro pelo alambique
E voltando para vender peixes trazidos pelos pescadores
Temperando com o calor do vulkon
As lavas aquecem as mulheres
Enchendo o cesto de uva para a produção do Manekon
E do café inventando novos sabores
Contentando com o orvalho da manha
As flores alegram a vida das mulheres
Enchendo toalhas de arco-íris de linha
E recitando as mornas de Eugénio Tavares
De Santo Antão à Brava:
As minhas ilhas têm mulheres!
Eurídice