Noite escura
Ondas mansas cantando
Respirando brisa de secura
E a terra escutando
O silêncio da noite silenciosa
De magia amarga
Na varanda ansiosa
Com melodia naufraga
Depois o galo cantou
Anunciando a madrugada
No quintal da vizinha um fumo soltou
E a outra foi à lenha agasalhada
Na madrugada ainda adormecida
O pescador foi ao mar
Com a lua escondida
Atrás da montanha, sem pomar
Eurídice