O que dizer? Contra a poesia não há argumentos! Vou imprimir num papel perfumado para recordar o nosso primeiro olá, naquele final de tarde, numa estação quase perdida... No cambar da noite, os meus olhos (com sabor a melancolia) diziam coisas que só o poeta entendia.
Que mulher não gostaria de ser a ninfa da inspiração do poeta?... Noutros tempos, eu pedia às ondas do mar que trouxessem o poeta para o meu regaço e que este malandro/mentiroso/misterioso com tanta mestria-poesia me roubasse um beijo. O poeta mente. Eu sei! Porém, a mentira do poeta é espuma doce e suculenta!
...O nosso jantar ficou registado para mais tarde recordarmos. No livro de poemas (frutas), guardo carinhosamente as flores do artista, outro ser manhoso que teima em deslizar as suas mãos pela imaginação transportada numa tela. O sorriso da tia e a meiguice dos meninos continuam escondidos no meu peito...