Sintra para Sonhar

Não encontro palavras em justas porções para descrever aquela quinta‑feira em Sintra. Os detalhes todos foram imaginados previamente. Desde a viagem de Comboio, na companhia da poesia em pessoa, até os temas de conversa na quinta. Tinha previsto passar dois dias em Sintra, mas sussurraram‑me ao ouvido que, durante o Outono, os dias e as noites são mais nostálgicos nessa vila historicamente conhecida pelo seu ambiente sublime. Por esse motivo, o regresso foi logo anunciado...

Chegámos à Sintra pela manhã, daquele dia encantado. O anfitrião esperava-nos amavelmente na estação. Para não quebrar a melodia da vila, tomámos um café ali perto, antes de seguirmos para a Fundação Eugénio Tavares, sediada na Quinta Verde Sintra, um cantinho singelo de promoção do turismo rural, com um clima favorável à entoação das mornas das ilhas.

O dia estava com vontade de chorar, mas tinha receio de desmontar o nosso passeio pelo jardim. Fizemos uma visita geral à quinta, aproveitando para registar cada espécie vegetal de Nova Sintra transplantada agora em Sintra. Não foram só as coloridas flores e as plantas, mas também os móveis, os azulejos e a harmonia, que cativaram a minha atenção. Gostei de cada pormenor, que realça a sensibilidade de um ilhéu em terras estrangeiras, trazendo a casa às costas como um caracol. Percorremos passo a passo, desde a recepção até os recantos mais escondidos da quinta. Os quartos, os apartamentos e os espaços comuns são agradáveis para quem pretende usufruir de dias sossegados longe das grandes cidades. Da quinta, contemplámos a magnífica vista da Serra de Sintra e agendamos uma visita ao centro histórico desta vila, considerado património mundial.

 
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