Mil maneiras de estar de férias

Às quatro da tarde entrei em casa. Logo aconcheguei-me na rede e abri o portátil ao regaço. Entrei no facebook para ver o que se passa no mundo... Uma estudante me escreveu da ilha do Maio, dizendo que está curtindo suas férias. Adicionou três fotos de Beach Rotcha para reportar as maravilhas do seu verão em Djarmay.
- uauh!
- Bem panha um feria pa li ntom! Es temp li sta jogo na areia sta fx sem manha.
- Vou pensar... Lá para final de setembro.
- Na inicio di setembro ta sta mas fx k na fim go.
- Vou pensar.
- Pensa rapid.
Não disse-lhe nem sim, nem não. Mudei de assunto, contando-lhe que estive há dias na minha aldeia que virou cidade. Que o sol estava abafado, nem dava para ver a ilha do Maio. Contei-lhe dos meus dias de infância e adolescência quando mirávamos aquela ilha, que é a que fica mais próxima da minha aldeia, de tal sorte que até meu avô brincalhão conseguia identificar onde é que ficava a casa de uma tetravó minha, uma tal de Nha Júlia Bapor, que se mudou para lá e cuja alcunha se devia directamente ao facto dela se ter casado com um fulano mercador de sal daquela ilha. Isso foi há muito, muito tempo...

Acaba de entrar no facebook um outro estudante, que se encontra de férias em São Domingos. Confirma-me que continua lendo com entusiasmo o livro Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco.
- prosora k dia k bu ta ben kumé pastel di midju li são domingos?
- um dia desses...

Porque tenho um assunto a tratar vou sair do facebook... mas volto mais logo.

 
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