Nastaci Lopi sempri na topi

Nastaci Lopi (nhu Puxim) com Shokanti
Nastaci Lopi foi um dos maiores humoristas de Cabo Verde, na década de noventa. Das suas várias historietas, quem não se lembra de «Nem Tudo Subiu», «Capacete», «Rescaldo das Eleições», «Polícia Quinzenal», «Mini-saia», «Tapa Braco», «Ranja Noiva», «Carta pa Lisboa», «Relógio Nobo» ou «Badja Noticiário». Tudo isso, assim, à «homem vivente», num estilo irónico e mordaz, na fina flor da tradição oral santiaguense, por entre as fronteiras reais e imaginárias do campo e da cidade.


Havia, com efeito, um propósito de abanar o imaginário cultural e social, a começar pelas controvérsias de ordem linguística e geocultural. De forma cómica, Nastaci Lopi abordava diversas questões sociais, como o mundo da política, o contacto com outras culturas, a vida do emigrante, a urbanidade e a ruralidade, a masculinidade imperante, a violência doméstica, a galhofa sexista, a sexualidade ou a «vivida arcoólica».

Enfim, as peripécias de um «rapazinho esperto» transformaram-se nas maravilhosas aventuras de nhu Puxim, na companhia de figuras populares hilariantes, como Compadre Magalhães, Mindo, Lina di nha Txubinha, Gaudêncio, nha Francesa, Titio Dezidere, Nha Saramãe, Xibiote, Joaquinzinho, Ntoninhu di Sema, Dole ou Bandan di nha Mita. E também, tal como as figuras populares enriqueciam as curtas narrativas inventadas, alguns lugarejos da ilha de Santiago renasciam das cinzas recarregadas de humor: Pilonkan, Kadjéta, Rubera da Barca ou Renki Purga.

 
Design by Free WordPress Themes | Bloggerized by Lasantha - Premium Blogger Themes | Laundry Detergent Coupons