No meu percurso diário, descendo e subindo pela calçada, mal escuto o vento assobiar.
Durante o dia, a cidade de Coimbra parece mergulhada numa eterna tranquilidade. Os sinais de trânsito deixaram de ter tanta utilidade.
Com o cair da noite, esta cidade adormece num silêncio sem fim, denunciando sobretudo a solidão dos bares e dos cafés. Não sei se há fado no Diligência, nem se há jantar no Casarão!...
Soube que, desde 1 d’Agosto, na minha vila piscatória, tem havido música boa na praça do Porto (rádio praça). Que saudade! A rouquidão da minha voz denunciava sempre uma noite ao relento, bebendo incansavelmente da brisa do mar... “Ah! Kaoberdi! Largau dja so si... ...” (usando a força poética de Káká Barboza).