boas vindas à caloirada

cidade, universidade e diversidade

Coimbra é «uma espécie de estufa» preparada para a universidade e para a malta estudantil. É desta forma que muitas pessoas definem a cidade de Coimbra. Por albergar a mais antiga universidade lusa, Coimbra é distinguida pelas suas tradições académicas seculares...

A malta estudantil é recebida de braços abertos nesta cidade, que sem o brio juvenil mais não é do que uma alma penada. E o ambiente coimbrão marca a vida de cada estudante que por aqui passa.

A universidade oferece condições óptimas para a revelação de grandes estudantes (com ricas bibliotecas, vastíssimos depósitos de obras milenares, reputados laboratórios e centros de investigação, catedrátic@s professor@s, etc.), mas debaixo de um clima de tensão por causa da tradição, mantida através da repressão. Aqui existe uma estrutura hierárquica que verticaliza as relações institucionais e pessoais. As faculdades estão todas escalonadas. Da mesma forma, o corpo docente é todo ele definido pela porção de poder atribuído a cada elemento que o constitui. Entre a malta académica, meu deus! A caloirada é a ralé da população estudantil. Desde humilhação pública à repressão severa, a caloirada experimenta de tudo um pouco. A obediência é a palavra de ordem. Há estudantes que decidem contestar a praxe académica ou recusar participar neste tipo de socialização feita de repressões-e-emoções. Apesar dos desmandos da malta veterana, que tresloucadamente se auto‑proclama como portadora dos saberes da academia e das experiências na cidade e não se coíbe de exercer o seu poder paternal perante a caloirada, a tradição académica coimbrã é linda, muito linda!

Nestes dias, a cidade está a festejar a chegada da caloirada. Nas tendas fincadas no pátio da minha faculdade, passando ao longe, vi uma carrada a seguir os desmandos da camada veterana. Ontem, ouvia‑se sussurros e ordens para isso ou aquilo. E, eu, enxutada já no caixote de antig@s estudantes da casa, invejava as tontices da caloirada, desejando voltar a ter todo tempo do mundo para redescobrir Coimbra. Ai como o tempo voa! Ainda ontem cheguei e hoje kota me consideram... Por isso, caloirada, aproveitem essa fase boa que a vida vos oferece! Estudem, divirtam‑se e sejam muito felizes! Quanto à malta dos palops, não se guetizem, misturem­‑se nas festinhas e preparem‑se para conhecer outros povos que habitam esta maravilhosa cidade. Sei que é difícil passar os dias aqui, mas, como o tempo tem asas, nem vão sentir o passar dos segundos. E depois fica sempre a eterna saudade de Coimbra, da malta e dos amores...

 
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