Amílcar Cabral

Diogo e Cabral

Diogo Gomi mora la di riba
Na lado de cá Presidente
Mora na mei de 3 Continente
Cabral
Li di baxo ta gritado biba
Diogo sta rostu pa Parlamento
Amílcar de cara pa cemitério
Nha guenti más ki mistério
Ê sodade ô ê esquecimento?

Mário Lúcio


Quando vi o retrato da “coincidência” postada em Djaroz, parei para pensar na estátua de Amílcar Cabral, fuliadu na kobon, algures em Taiti, bairro “descartável” da capital cabo‑verdiana...

Como refere o Sociólogo e Historiador António Leão Correia e Silva, Várzea devia ser sublimada por causa do seu papel no decurso da história do nosso país. Por isso, acho que não é de todo mau manter a estátua do fundador da nação cabo-verdiana num espaço que outrora fora palco de acontecimentos marcantes na (sobre)vivência das nossas gentes. A própria proclamação da independência nacional decorreu na Várzea, onde também foi construído o Palácio do Governo. No meu olhar contra a destruição da memória, o problema da estátua prende-se com o facto de ter sido jogado num mato bravio. Quem ousa visitar a estátua naquele espaço? Nem nacionais, nem estrangeiros. Bom, nem tudo parece perdido! Como Amílcar era Engenheiro Agrónomo, aquele mato bravio podia dar lugar a uma linda praça, com flores e plantas das ilhas. Transformá-lo num espaço verde digno de um verdadeiro herói e amante da terra já bastava para sossegar a alma das nossas gentes!...

 
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