Despertar a Cultura (subscrevo!)


Esta semana, foi criado o movimento “Amig@s da Cultura”, tendo apresentado publicamente um manifesto Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!, contando já com mais de 400 subscritor@s com interesses pela cultura. Durante esta primeira semana de manifestação pública, o movimento tem descortinado o palco nefasto da política cultural municipal, acobertada pelo manto folclórico e pela enferrujada garganta da tuna camarária.

O manifesto deixa claro que: “Coimbra é hoje uma cidade amarfanhada do ponto de vista cultural, que só não se tornou absolutamente insignificante a nível nacional graças à actividade que, no limiar da sobrevivência, os poucos agentes culturais que ainda restam conseguem ir desenvolvendo. A Câmara Municipal já não se limita a não apoiar devidamente a actividade cultural que aqui é feita; assume-se, pelo contrário, como um elemento dificultador e tendencialmente destruidor do potencial de criação artística que a cidade possui e que é uma das suas principais mais-valias”.


Quero o Mondego

Sou cabo-verdiana, filha do mar. Estou em Coimbra há pouco mais de sete anos. Na Universidade de Coimbra, fiz a minha Licenciatura e o meu Mestrado em Sociologia. Neste momento, estou a remar para a Sala dos Capelos. Estou nesta cidade pelo desejo de estar e quero sentir o prazer de estar aqui. Coimbra também tem um pouco de mim: os meus sonhos, as minhas saudades, as minhas angústias... E eu carrego a marca de dias passados em Coimbra.

Confesso que, nesta Cidade de Encarnação, os meus dias tardam a passar. Em vez de apenas lamentar as saudades de a cultura d’terra, gostaria de tatuar-me de a cultura d’mondego. Quero sonhar e amar em Coimbra, afinal esta é a cidade dos amores (aqui jaz Pedro e Inês). Quero ter uma estória d’coimbra para contar aos/às meus/minhas netos/as. Embora sendo uma “passageira em trânsito”, quero ser uma cidadã nesta cidade e tenho o direito de respirar a cultura! Não quero culpar a ninguém (muito menos ao pobre do Carlos Encarnação) pelas minhas futuras depressões pós-tese. Pois não, irmão da prometida “Europa”?! Então, deixa a cultura flutuar!...

Celas, 26 de Janeiro de 2008
Eurídice
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Ponto de Situação (4 de Fev)

"Pelo direito à cultura e pelo dever de cultura!" já conta com mais de 900 subscritores. Este manifesto não tem passado despercebido para a imprensa portuguesa (tanto a nível local, como a nível nacional). Ainda tem surgido muitos textos de opinião, bem como reacções na blogosfera (“Amig@s da Cultura” conta com o apoio de 50 blogs), sobre essa iniciativa pela cultura. Tendo por objectivo alargar a discussão pública sobre a política cultural em Coimbra, também já se encontra disponível um conjunto de depoimentos pessoais de subscritores do texto. Por tudo isso e pelo esperado debate aberto do dia 20 de Fevereiro, no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), pelas 17h, ninguém pode ignorar o êxito desta iniciativa.

 
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